BUDDHAEDEN

Buddhaeden



É na Quinta dos Loridos, em Bombarral. São estátuas de Budas, lanternas em granito, estátuas de terracotta, esculturas espalhadas pelos 35 hectares do espaço da quinta dedicado a visitas públicas.

O passeio será mais aliciante talvez daqui a um ou dois anos.  Entretanto haverá tempo para concluir os arranjos ainda em curso, deixar crescer as árvores e os arbustos plantados nos locais onde o espaço da quinta foi reconfigurado e colocar informação ao longo dos percursos, assegurando que o visitante interpreta o espírito do lugar e compreende o que vai vendo. Não está acabado (nem inaugurado) mas já é visitável. A entrada é gratuita. Boa forma de Joe Berardo devolver à sociedade uma (pequena) parcela das suas mais-valias (como, aliás, já faz no CCB - Museu Berardo). O que não se despende à entrada pode ficar, em crescendo, na loja dos vinhos do Grupo Bacalhôa por onde, obrigatoriamente, temos de passar à saída.


Manter o rumo (acabou a tempestade?)





Hoje levantei-me cedo; tinha que fazer. O dia acordou calmo e ameno.  No inicio deste novo dia é bom ter que fazer e constatar que não nos está vedado o realismo da esperança; continuamos, enquanto povo, a saber a direcção do futuro. Não me queixo.

Clafoutis de Maçã


Não sei de onde fui colher esta receita. Talvez no Elvira's Bistrot , talvez seja já uma adaptação minha; não sei. Sei é que é um bolo muito bom, lustroso e com um toque delicado, a não perder. Tem o pequeno defeito de ter existência fugaz.


700g de Maçã golden 
Sumo de limão q.b.
100g de Farinha
130g de Açúcar
2g de Sal Fino
5 Ovos
50g de Manteiga sem Sal
300ml de Leite
300ml de Natas
Açúcar em Pó e canela (facultativo)


Depois de tudo pesado e medido, e antes de iniciar a preparação, deve ligar o forno a 180ºC, para ir aquecendo.
Descasque as 700g de maçãs, lamine-as com 2mm de espessura (na mandolina) e polvilhe com 30g de açúcar e com o sumo de limão para não oxidar, deixando descansar cerca de 15 minutos.
Utilize um tabuleiro ou uma forma circular anti-aderente de 26cm que deve forrar com papel vegetal barrado com manteiga.
Derreta a manteiga e reserve. Misture o sal, as restantes 100g de açúcar e a farinha.
Bata os ovos (o suficiente para mistura-los bem) com um pouco de sal fino e junte à mistura anterior em três vezes enquanto vai batendo, para que não se formem grumos. Junte em seguida a manteiga derretida, misturando bem. Por último, acrescente o leite e as natas, misturando bem para tornar a massa homogénea.

Escorra e espalhe a maçã na forma escolhida com papel vegetal que se barrou com manteiga e deite o creme por cima. Vai a forno médio (180º C) cerca de 40 minutos. Serve-se morno ou frio polvilhado com açúcar e canela.

Roberto Bolaño



Estou a ler (e a acabar) "Os Detectives Selvagens" do Roberto Bolaño. Excelente. Obrigado Paula/Fernando.

Nunca tinha lido nada dele e, a pensar neste livro, estou ansioso pela sua Obra Prima "2666".


Sai amanhã...

A Crise

"Em 2008, dos cerca de 2300 mil milhões de euros que se transaccionavam diariamente nos mercados financeiros, apenas 2,7% correspondiam a bens e serviços reais!"

Para bom entendedor...


MMC in DN 9 Set 09

Gelado Cheesecake

Regresso de férias com uma boa proposta de gelado que já tem muitos aficionados.

Utilizo uma geladeira para o fazer e quando está já bastante sólido passo-o para uma taça onde o misturo, rapidamente, com a bolacha Maria. Só depois o coloco em forma para ir ao congelador. É muito cremoso e guloso. Faites vos jeux!



Ingredientes
2 Embalagens de queijo Mascarponi de 250 g
2 Iogurtes naturais de 125 g
200 g de açúcar
2 Embalagens de iogurte de leite magro (125g x 2)
350g de compota de morango a 60% (pouco doce)
½ Pacote de bolacha Maria.

Confecção:
Junte o queijo, os iogurtes e bata com as varetas. Junte o açúcar. Misture tudo muito bem e junte o leite. Volte a misturar. Leve a mistura à geladeira até ganhar textura. Quando já estiver espesso, com a geladeira a trabalhar, vá juntando a compota às colheres.
Entretanto parta as bolachas aproximadamente em quartos.
Quando o gelado tiver a textura desejada transfira-o para um tapperware de ir ao congelador e misture as bolachas uniformemente.
Leve ao congelador.

Verão; recordar Eduardo Prado Coelho

Nestes dias de calor, em que visitamos ansiosamente as nossas agendas na procura de novos destinos de férias, faz bem recordar Eduardo Prado Coelho (EPC). Espaço, então, para EPC, para o Verão e para as Férias num texto publicado no Publico em 2002.

"A PRAIA FINALMENTE
por EDUARDO PRADO COELHO
Segunda-feira, 2 de Setembro de 2002, in Publico

Num belíssimo texto publicado há dias no suplemento "Babelia" do jornal "EL PAIS", o romancista e ensaísta Claudio Magris falava de qualquer coisa que todos nós sentimos, mas de que nem sempre temos plenamente consciência: a de que o Verão está a desaparecer.
Não, não se trata do reiterado tema contemporâneo de que "já não há estações" e não pretendo fazer qualquer prognóstico meteorológico. Nada disso, apenas o sentimento de que o Verão, o verdadeiro Verão, aquilo que foi o Verão da nossa infância, vai desaparecendo aos nossos olhos. Suspeitamos talvez de que o fenómeno não esteja bem contado: é possível que infância e Verão sejam sinónimos, e de que o Verão que parece perdido seja apenas a outra face do Inverno do nosso envelhecimento. Talvez. A idade mede-se pelos Verões que tivemos e pelos Verões que começamos a deixar de ter.
Mas que significa isto para Magris? Que algumas das características do Verão que incendiou de forma mágica os poentes da nossa infância se estão silenciosamente a desmoronar. Eu daria um exemplo: o Verão era para mim o enraizamento num lugar, com uma espécie de mobilização geral da família (havia os que estavam e havia os outros, tios, primos avós e sobrinhas, que passavam). Este enraizamento implicava uma outra experiência do espaço, que se definia por uma espécie de vizinhança generalizada: andávamos de casa em casa ao sabor das amizades e afinidades, hoje lanchava-se aqui, amanhã almoçava-se ali e no domingo íamos todos em excursão para uma praia, esperando que o excesso de vento não prejudicasse o consumo dos pasteis de bacalhau, das coxinhas de frango, das uvas e maçãs. No Verão, o tempo era longo, estiraçado, quase interminável, e havia espaço para o "flirt", a sedução, o jogo, amor, a leitura, o deslumbramento. Como diz Magris, gostar do Verão é não ter medo da vida, do amor, da felicidade - e da morte. E, por fim, no Verão jogávamos as cartas, dávamos longos passeios todos os dias e recuperávamos o prazer da leitura: os grandes romances foram feitos para as grandes tardes de Verão.
Nada disto desapareceu por completo, é claro. Sobrevive. Mas alterou-se de um modo decisivo. Onde nós vivíamos o Verão como concentração (nota: tenho plena consciência da marca de classe desta frase), hoje vive-se o Verão numa pressa ofegante, segundo modelos de aceleração permanente, numa espécie de "zapping" constante, a começar pela questão dos lugares: uma semana aqui, uns quantos dias ali, um salto a Espanha, tudo numa espécie de azáfama turística, em que a preocupação com não deixarmos de ser felizes quase impede que se dê espaço àquilo que é a verdadeira felicidade: um acontecer da vida sem razões nem consequências, um areal imenso e absoluto, a praia finalmente."

Tranches de Corvina com misto de legumes

Um prato de peixe delicioso e fácil de fazer. Pode introduzir as alterações que a sua imaginação e gosto ditarem, designadamente nos legumes usados e no tipo de emulsão. Acompanhe com um Branco Seco. Eu acompanhei com um Adega de Pegões Colheita Seleccionada 2008. Uma delicia...

Corvina
1,5 kg de tranches de Corvina

Azeite virgem, sal e pimenta moída q.b.

Legumes
2 Courgettes

3 Cenouras

2 Alhos franceses

250g de cogumelos (marron, portobello)
3 Dentes de alho

Azeite, sal e pimenta moída q.b.

Emulsão

150g de Coentros
1 Dente de alho
1 Colher de sopa de Alcaparras

2,5dl de Azeite

0,6dl de sumo de limão

Pimenta moída q.b.



Comece pela emulsão. Misture tudo e leve ao liquidificador ou Varinha. Corrija a pimenta e o sumo de limão a gosto. Reserve.

Corte os legumes em juliana, os cogumelos aos bocados (quartos, dependendo do tamanho) e pique os dentes de alho finamente. Aqueça o azeite, junte o alho e salteie tudo em lume vivo. Tempere de sal e pimenta moída. Reserve.

Limpe as Tranches de Corvina e tempere com sal e pimenta moída 10 minutos antes de corar num fio de azeite virgem em lume muito vivo.

Aromatize as Tranches de Corvina com a emulsão e sirva de imediato.

Sessão da noite

Acrílico sobre tela;73x92; 2009

Costeletas de porco preto grelhadas, feijão branco e cogumelos

Uma ligação perfeita que nos remete para a saborosa cozinha alentejana. Para 2 pessoas 300 g de costeletas de porco preto (desossadas) 400 g...