Tagliatelle de peixe ou marisco

Esta receita é muito flexível pois pode fazer-se com vários tipos de peixe ou marisco ou mesmo uma mistura de ambos. E fica sempre bem...
Também podem incluir-se várias verduras desde o alho francês aos espinafres, passando pelo aipo-nabo.
As minhas duas últimas experiências foram feitas com bacalhau previamente demolhado e confitado ao qual juntei alguns camarões, e salmão fresco a que também juntei camarões.


Vamos ao bacalhau (seis doses).
Azeite, sal e pimenta q.b.
1 chalota
1 dente de alho
1 alho francês
1dl de vinho branco seco
1 pacote de natas
2 lombos de bacalhau confitado
12 camarões grandes ou gambas
1 pacote 500g de tagliatelle com ovo, fresca



Comece por fazer um refogado com um fio de azeite, uma chalota picada e um dente de alho laminado. Deixe cozer 2 minutos e junte um alho francês cortado fino; deixe cozer em lume brando pois não precisa de alourar.
Quando o alho francês estiver cozido abra o refogado com um pouco de vinho branco (até 1dl) e deixe evaporar. Tempere com sal e pimenta de moinho e junte um pacote de natas (200g) e deixe ferver um minuto em lume brando.
Entretanto já deve ter o bacalhau confitado devidamente lascado e sem espinhas - 2 lombos - o que pode ser feito de véspera. Os camarões devem ser cozidos e descascados previamente e podem ficar inteiros ou cortados aos pedaços. Como utilizei camarões grandes optei por os esmagar (só um pouco, para não ficarem desfeitos) com uma pressão feita lateralmente com a faca e depois cortei-os ao meio. Para confitar o bacalhau ver aqui.
O refogado com as natas está pronto e temperado; está na altura de lhe juntar o bacalhau e os camarões e envolver.
Por fim juntar a tagliatelle cozida al dente, o que para uma massa fresca demora aproximadamente 4 minutos. Envolva e sirva de imediato polvilhado com duas colheres de salsa picada. Excelente...
Pode repetir-se tudo substituindo o bacalhau por cubos de salmão fresco salteados, acrescentar ao refogado quatro fatias de aipo-nabo finamente cortadas em juliana, ou ainda juntar uma boa dose de espinafres salteados. Para refeições mais requintadas pode optar-se por lombos de lavagante ou lagosta laminados.
A imaginação e o orçamento são o limite!

Formigas (na cozinha)


Acrilico sobre tela 60X50cm, 2010.

Citação

Manuel Maria Carrilho no DN de hoje:

(...) o desporto, na forma que hoje conhecemos, só surge no século XIX, tendo-se desde então tornado num fenómeno só comparável à religião, nomeadamente pelo modo como se impôs como uma referência global incontornável a todos os povos, sexos e idades.
O melhor mesmo é ler este muito oportuno e interessante texto sobre desporto e em particular sobre futebol, aqui.

Bobó de Camarão

O Bobó de camarão é um prato afro-brasileiro muitíssimo vulgar em terras baianas e que já se vai encontrando por cá com alguma frequência. Consiste num creme de mandioca, também conhecido como aipim, com camarão fresco, leite de coco, azeite de palma (dendê) e, nalgumas versões, amendoim e castanha do Pará (dita castanha do Brasil) torrados e moídos. Esta receita foi obtida depois de uma pesquisa por blogs brasileiros de gastronomia e respectivo balanço conclusivo. Experimentei esta versão que me pareceu simples e que resultou bem. Os portugueses não estão habituados ao gosto da mandioca e do dendê mas, posso assegurar-vos, neste prato resulta excelente.

           


Ingredientes 
2kg de camarão
1kg de mandioca (metade do peso do camarão)
3 Chalotas picadas
4 Colheres de sopa de azeite
500g tomate sem pele nem sementes cortado aos pedaços
2 Colheres (sopa) de coentros picados
1 Lata de leite de coco
2 Colheres de sopa de óleo de palma
Sal e pimenta q.b.

Preparação
Descascar os camarões e reservar. Fazer um caldo aromático com as cascas e cabeças.
Descascar a mandioca retirando a fibra e cozer no caldo aromático de camarão.
Bater a mandioca no liquidificador ou com a varinha mágica, juntando um pouco de caldo de camarão até ficar uma textura cremosa (± uma chávena de caldo para cada quilo de mandioca). Ter em atenção que a massa de mandioca é muito densa, podendo ser difícil de bater no liquidificador; deve fazer-se em pequenas quantidades de cada vez. Reservar a massa de mandioca.
Num tacho alourar a chalota com o azeite. Juntar o tomate e refogar bem. Acrescentar os camarões e os coentros. Temperar com sal e pimenta. Cozinhar em lume brando até que os camarões estejam cozidos. 
Juntar a massa de mandioca, o leite de coco e o óleo de palma. Cozinhar mexendo sempre até que levante fervura. Deve ficar cremoso mas não em demasia. Se necessário juntar um pouco mais de caldo (ou leite de coco, a gosto) até atingir a consistência desejada. Rectificar temperos.
Servir bem quente com arroz branco.

Frase para o mês

Na TV,  Mundial é fado
Sem pausas e sem sentido;
De tanto ficar sentado,
Deixa o corpo dorido.
Do barulho de fugir
Estou tão farto como tu.
Resta talvez pedir:




"Mete a vuvuzela no cu !"

Carson McCullers

Sempre encontrei as duas edições da Carson McCullers da antiga Estúdios Cor. A sua primeira obra, "Coração Solitário Caçador", com tradução e prefácio de José Rodrigues Miguéis, editada em 1958 - penso que pela primeira vez; o original é de 1940.



Também os contos da "Balada do Café Triste" com tradução de Cabral do Nascimento e editada no ano seguinte.


Irão ser as minhas próximas releituras...

Salada de salmão fumado, figo e mozzarella

Vem aí o Verão e é bom começar a pensar em saladas, inventar saladas. Já estou a imaginar o gozo que me vai dar a experiência de juntar vários sabores e texturas na procura de um a boa salada para partilhar com os amigos. 
Entretanto vou repetir esta que, não sendo novidade, nem por isso deixa de ser deliciosa; foi uma experiência do Verão passado que foi aprovada com distinção. Só tem que se aguardar que cheguem os figos frescos.


Escolha uma boa mistura de alfaces; junte salmão fumado cortado em quadrados, queijo mozzarella (de leite de búfala) aos bocados e os figos frescos (se possível pingo-de-mel) cortados depois de retirada a pele. Regue tudo com uma vinagreta feita com azeite e vinagre a que se junta um pouco de mostarda, sal e pimenta a gosto.
Acompanhada de um copo de um bom vinho branco seco e uma fatia de pão escuro, dá um excelente refeição ligeira de verão.

Tarte de Morango

Uma excelente Tarte de Morango, fresca e saborosa para os tempos de canícula que aí vêm. Neste caso serviu para pôr as velas no Aniversário do E.
Base
300g de Bolacha Maria triturada
125g de manteiga
1 Ovo inteiro


Recheio
250g de Queijo Mascarpone
2 Iogurtes naturais
125g de Açúcar
150g de Compota de Morango
3 folhas de gelatina
Sumo de meio limão 
Morangos a gosto

Colocar num recipiente a Bolacha Maria triturada, a manteiga derretida e amassar bem. O melhor é fazê-lo com as mãos ou na bimby. Começa-se por envolver a bolacha com a manteiga e posteriormente junta-se o ovo batido por três ou quatro vezes.

Forrar uma tarteira, com esta massa por forma a que fique homogeneamente espalhada e compacta. Levar ao forno a cozer durante 10 minutos a 200ºC (convecção).
À parte misturar o queijo Mascarpone com os iogurtes, acrescentar o açúcar e, depois de bem misturado, juntar as folhas de gelatina previamente demolhadas e dissolvida no sumo de limão.
Assim que a base da tarte tiver arrefecido recheá-la espalhando a compota de morango e pedaços de morango a gosto. Pode escolher-se os morangos mais bonitos para o enfeite e aproveitar todos os pedaços sobrantes para o recheio. As metades mais bonitas servem para o arranjo final da tarte, depois de as pincelar com um pouco da compota para que se mantenham brilhantes.
Cobrir tudo com o creme de Mascarpone e enfeitar com as metades de morango. Se o recheio estiver muito mole levar primeiro ao frigorífico até ficar um pouco mais sólido e só depois enfeitar com os morangos; assim evita-se que os morangos se enterrem no creme.
Levar ao frigorífico pelo menos 4 horas.

O prazer de reler

Agora  que surgem reedições de Carson McCullers renovei o prazer (e que prazer!) da sua leitura recorrendo a uma edição, da desaparecida Estúdios Cor, datada de Junho de 1959. Tradução de Cabral do Nascimento.


"Reflexos nuns olhos de oiro". Trata-se da segunda obra de Carson McCullers, a primeira que encontrei na minha estante desorganizada; irei à procura das outras que por lá tenho da mesma autora. Esta edição vem com um interessante e entusiasmado prefácio de Tennessee Williams. 
Foi em 1979 que encontrei esta e outras edições antigas esquecidas nos fundos de uma estante de uma livraria de Pombal. Comprei-as todas. Ainda tem o preço marcado - 20$00.
Ainda gosto destas coisas!

Costeletas de porco preto grelhadas, feijão branco e cogumelos

Uma ligação perfeita que nos remete para a saborosa cozinha alentejana. Para 2 pessoas 300 g de costeletas de porco preto (desossadas) 400 g...