Tarte de abóbora

Experimenta-se uma vez e pronto! Fica-se rendido. Uma boa receita para o Natal que se aproxima.



1 kg de abóbora limpa (de casca e sementes)
400 g de açúcar
80 g manteiga+ 1 noz
150 g farinha
1 colher de sobremesa rasa de fermento
4 ovos+ 2 gemas
3 paus de canela
80 g de nozes partidas grosseiramente
açúcar de demerara q.b.
Canela em pó q.b.

Prepare uma forma de 30 cm. Unte-a com margarina e forre-a com papel vegetal que também deve ser untado. Polvilhe com farinha e reserve.
Corte a abóbora em pedaços, junte uma noz de manteiga e leve a forno médio, com 3 paus de canela, até a abóbora estar  cozida. Mexa de vez em quando e vá picando com um garfo para ver se está macia. Mantenha o forno a 180 °C.
Quando a abóbora estiver cozida retire os paus de canela, retire alguma água que se tenha formado e passe muito bem a abóbora com a varinha mágica, ou no liquidificador. Junte o açúcar e bata bem, junte a manteiga derretida e volte a bater.
Adicione os ovos e as gemas um a um batendo sempre. Finalize juntando a farinha misturada com o fermento e envolva tudo muito bem.
Coloque a massa na forma previamente untada e distribua por toda a superfície, uniformemente, primeiro as nozes e depois o açúcar de demerara. Esta cobertura doce irá ficar crocante o que torna a tarte ainda mais tentadora.
Leve ao forno por mais ou menos 50 minutos. Antes de servir pode (e deve!) polvilhar ligeiramente com canela.

Nota: Faça numa forma que vede bem.




Antes de servir pode (e deve!) polvilhar com canela.

MNAA - VAMOS PÔR O SEQUEIRA NO LUGAR CERTO


Domingos António Sequeira 
A Adoração dos Magos 1828 
Óleo sobre tela 
100 x 140 cm 
Coleção particular


Algumas iniciativas, pelo mérito que encerram, são irrecusáveis. É o caso da campanha do Museu Nacional de Arte Antiga - VAMOS PÔR O SEQUEIRA NO LUGAR CERTO.

Não posso, por isso, deixar de chamar a atenção para o pequeno sacrifício que nos é pedido: 0,06€

Saiba como tornar-se mecenas e visite a página em:
sequeira.publico.pt



"Surgiu ao Museu Nacional de Arte Antiga a oportunidade imperdível de integrar no seu acervo – ao lado do cartão final e dos desenhos preparatórios, que já fazem parte da sua coleção – a pintura “A Adoração dos Magos”, uma peça fundamental do património nacional. Mas, para adquirir esta obra, o MNAA precisa de contar com o empenho e a participação de todos. O Museu convida, por isso, os portugueses a patrocinar “A Adoração dos Magos” e a pôr o Sequeira no lugar certo."



Filetes de salmonete assados com batata esmagada

Ora aqui está uma forma diferente de comer salmonetes! 
Preparei estes salmonetes com base numa receita do Chefe José Avillez e foi mais uma experiência que voltarei a repetir com pequenas variações. Neste caso também não respeitei as quantidades da receita.

A receita base é bastante simples, quer a confecção, quer no respeito pelos paladares. Dá um pouco mais de trabalho se comprar os salmonetes inteiros e tiver que fazer os filetes e retirar-lhes as espinhas todas, como foi o caso.


Com base numa receita de José Avillez

5 salmonetes (10 filetes)
300g de batata para cozer
1 dente de alho esmagado
1 folha de louro
50g de azeitonas pretas descaroçadas e picadas
tomates cereja
emulsão de manjericão
folhas de manjericão
azeite
sal
pimenta
flor de sal

Prepare o salmonete cortando os filetes a todo o comprimento do peixe e limpando-os de espinhas. Tempere-os com sal e azeite. Num tabuleiro de ir ao forno, regado com um fio de azeite, coloque os filetes com a pele virada para cima. Junte os tomates cereja cortados ao meio e leve ao forno pré-aquecido a 160°C durante 10 minutos.


Coza as batatas com pele em água com sal aromatizada com um gole de azeite, um dente de alho esmagado e a folha de louro. Espete-as num garfo e pele-as de imediato. Depois esmague-as com um garfo. Misture com as azeitonas picadas, as metades dos tomates assados e tempere com azeite e a emulsão de manjericão a gosto. Junte um pouco de flor de sal e pimenta.

Emprate o salmonete e a batata esmagada com folhas de manjericão e um pouco de flor de sal nos filetes. Voilà!

Cheesecake de Laranja

  Uma deliciosa receita de José Avillez

Utilize uma forma de fundo removível e forre a base com papel vegetal.

Para a base
200 g de bolacha Maria triturada
120 g de manteiga derretida

Para a base, misture a bolacha Maria triturada com a manteiga derretida até formar uma massa homogénea. Cubra o fundo da forma com essa massa, formando a base do cheesecake. Leve ao frigorífico enquanto faz o recheio.

Para o recheio
120 g de manteiga derretida
300 g de natas líquidas
100 g de leite
2 laranjas (para raspa e sumo)
3 gemas
150 g de açúcar
4 folhas de gelatina
200 g de natas batidas
200 g de queijo creme

Para o recheio junte, num tacho, as natas líquidas, a raspa de laranja, as gemas e o açúcar, e leve a lume brando até obter um creme. Adicione as folhas de gelatina (já demolhadas em água fria), misture bem e reserve até arrefecer completamente.

Ao creme, já frio, adicione as natas batidas, o queijo creme e o sumo de laranja. Misture muito bem. Coloque este preparado sobre a base de bolacha e leve ao frigorífico até obter uma consistência firme. Enfeite a gosto com o coulis de laranja.

Para o coulis
Sumo de laranja q.b
Açúcar q.b.


O ideal é deixar no frigorífico de um dia para o outro. Desenforme com cuidado passando uma faca muito fina lateralmente ou aquecendo ligeiramente o exterior da forma. Deve enfeitar depois de desenformar. Utilizei o coulis de laranja, gomos de laranja e bagos de uva. É mesmo muito bom!...

Peito de frango Wellington

Claro que se trata de uma adaptação do famoso Bife Wellington. Esse deve ser feito com um bom rolo de lombo de novilho. Mas não faz mal nenhum começarmos por experimentar com dois grandes peitos de frango. Não é lombo de novilho mas, assim, também fica muito saboroso e é bastante mais barato. E eu acho esta ideia, de massa folhada recheada, muito atraente. 

Ingredientes
Dois peitos de frango grandes
3 colheres de sopa de azeite
Sal e pimenta
Mostarda
250g cogumelos castanhos ou outros a gosto
1 dente de alho
50g de manteiga
Algumas hastes de tomilho fresco
100ml de vinho branco seco
8 fatias finas e largas de presunto
1 embalagem de 500g de massa folhada
Um pouco de farinha, para polvilhar
2 gemas de ovo
Um pouco de flor de sal

Confecção
Coloque os peitos de frango numa tábua e ate-os de forma a que possa trabalhá-los como se fossem uma peça única. Tempere com sal e pimenta. Enrole em película aderente em forma de rolo apertando as extremidades e deixe no frigorífico por 15 minutos. 



Após 15 minutos retire a película e sele o rolo por todos os lados, numa frigideira bem quente, até estar dourado. Retire do lume coloque sobre a tábua e deixe arrefecer.

Enquanto a carne arrefece, corte 250g de cogumelos castanhos tão finamente quanto possível, de modo que fiquem com a textura de pão ralado grosseiro.
Junte um dente grande de alho finamente picado. Pode usar um processador de alimentos para fazer isso, mas certifique-se de que pica os cogumelos de modo a que não se tornem uma pasta.

Aqueça numa frigideira 2 colheres de azeite junto com 50g de manteiga e frite os cogumelos com o alho em lume médio, com algumas hastes de tomilho fresco, por aproximadamente 10 minutos mexendo sempre, até obter uma mistura macia tipo pasta.

Tempere a mistura de cogumelos com um pouco de sal e pimenta, regue com 100ml de vinho branco seco e cozinhe por cerca de 10 minutos até que todo o vinho tenha sido absorvido. A mistura deve ficar um pouco seca e compacta, mantendo a sua forma quando agitada.
Retire os cogumelos da frigideira para arrefecerem e deite fora as hastes de tomilho.

Entretanto os peitos de frango já só estão mornos. É altura de voltar a embrulhar em película aderente como fez da primeira vez e reservar, para que não percam o formato de rolo.



Sobreponha duas folhas de filme plástico sobre a banca.
Alinhe 8 fatias de presunto sobre a película aderente, ligeiramente sobrepostas, em fila dupla. Pode temperá-las com um pouco de pimenta.

Com cuidado para não desfazer o rolo, retire as linhas com que o coseu e barre os peitos muito bem com mostarda.

Espalhe os cogumelos fritos sobre o presunto, depois coloque o rolo sobre os cogumelos e espalhe os restantes que sobraram.

Use as bordas da película aderente para rolar o presunto em torno dos peitos de frango. Em seguida, enrole em forma de salsicha, torcendo as pontas do filme plástico para apertá-lo bem, como já fez nas etapas anteriores. Reserve no frigorífico por 20 m.

Espalhe um pouco de farinha sobre a banca de trabalho.
Estenda os 500g de massa folhada com cerca de 28 x 36cm.
Retire o rolo do frigorífico, tire a película aderente e coloque-o no centro da massa.
Bata as duas gemas e pincele as bordas da massa folhada.
Cubra o rolo com a massa, pressionando bem nas laterais. Apare a união da massa.
Sele a borda com a ponta de um garfo.

Envolva novamente o rolo de massa folhada em película e leve ao frio pelo menos 10 minutos podendo reservar até 24 horas.

Aqueça o forno a 200°C.

Retire o rolo de carne do frigorífico, coloque no tabuleiro de ir ao forno, sobre papel vegetal, e pincele tudo com mais gema de ovo. Utilizando a parte não cortante de uma faca, marque ligeiramente o Wellington com longas linhas diagonais tomando cuidado para não cortar a massa e polvilhe com um pouco de flor de sal.

Leve ao forno até ficar dourado e crocante - cerca de 30 minutos.


 Retire do forno e deixe repousar por 10 minutos. Antes de servir, cortar em fatias grossas de 2,5cm.



Pode fazer-se este rolo usando a imaginação. Podem experimentar-se outras carnes, outros recheios complementares, de foie gras, por exemplo; outros temperos,  gengibre, pimenta da Jamaica...

Sugestões de acompanhamentos: Puré e suas cambiantes, batata gratinada, arroz aromático, legumes salteados (espargos, ervilhas), esparregados...

Panna cotta de lúcia-lima e pêssego

As receitas que amiúde vêm nas revistas e jornais despertam, com frequência, a minha curiosidade. Trata-se, muitas das vezes, de pequenos apontamentos gastronómicos de que, numa leitura atenta, rapidamente se identifica o mérito.

A última que li do Chefe José Avillez despertou-me a curiosidade por dois motivos: Porque tinha por base a lúcia-lima, também conhecida por limonete, que eu nunca tinha experimentado, e porque era de realização muito, muito simples. 
Uma receita de José Avillez
4 doses

500ml de natas
50g de açúcar
5 folhas de lúcio-lima fresca ou 1 colher de sopa de lúcia-lima seca
2 folhas de gelatina
Compota de pêssego

Num tacho pequeno junte as natas e o açúcar e mexa bem com a ajuda de umas varas. Leve ao lume e acrescente as folhas de lúcia-lima. Deixe aquecer, mas sem ferver. Retire do lume e com as varas pressione as folhas de lúcia-lima para que libertem o seu sabor.

Deixe a infusão descansar um pouco e coe, com a ajuda de um passador de rede fina, para dentro de uma taça.

Demolhe a gelatina numa taça com água bem fria até ficar mole e elástica. Escorra bem a gelatina e dissolva na infusão mexendo bem. Distribua o preparado por quatro copos, deixe arrefecer um pouco e leve ao frigorífico durante duas horas, no minimo. Retire do ffrigorífico, acrescente um pouco de compota de pêssego e sirva.

Sobremesa simples e fresca com o aroma cítrico da lúcia-lima. Boa para resolver um fim de refeição leve e sem pretensões.

Ovos mexidos com farinheira e espargos verdes

Uma boa alternativa aos  Ovos mexidos com farinheira e espinafres.

Basta saltear previamente os espargos num fio de azeite e com um pouco de sal e pimenta. Depois trabalhe a farinheira com indicado para os Ovos mexidos com farinheira e espinafres, e para finalizar junte os espargos e misture tudo com os ovos batidos,  rapidamente para que não sequem.

Acompanhe com fatias de pão torrado barradas com manteiga.

Ceviche de robalo com leite de tigre

Ceviche, ou Cebiche no original, "é uma especialidade da Américado Sul e Central, filetes de peixe marinhados em sumo de lima, azeite e especiarias". In Dicionário de Gastronomia, Maria Antónia Goes, Colares Editora, 2005.

Leche de tigre, ou leite de tigre, é o termo utilizado no Peru para a marinada à base de citrinos que cura o peixe quando da confecção de um ceviche. Esta marinada de peixe contém geralmente caldo de peixe, sumo de lima, cebola, malagueta, alho, gengibre, coentros, sal e pimenta - juntamente com um pouco de aparas de peixe. O nome decorre do seu aspecto leitoso e da agressividade cítrica do seu paladar.

No Peru, esta marinada de uma acidez revigorante é frequentemente servida ao lado do ceviche, num copo pequeno. Popularmente é considerada como um bom contributo para a cura da ressaca, para além de eventuais efeitos afrodisíacos.







Robalo
250 g de robalo em cubos
sal q.b.
gengibre e alho ralado q.b.
sumo de lima a gosto
malagueta sem sementes e coentros picadinhos q.b.
100 ml de leite de tigre natural
60 g de cebola roxa em fatias finas deixadas de molho em água gelada e acrescentadas ao servir.

Leite de Tigre
250 ml de caldo peixe
100 g de aparas do robalo
300 ml de sumo de lima
25 g de alho
20 g de gengibre picado
60 g de cebola picada
coentros picados q.b.
malagueta sem sementes picada q.b.
sal a gosto



Num liquidificador coloque 250ml de caldo de peixe, 100g de aparas do robalo, 500ml de sumo de lima, 25g de alho picado, 20g de gengibre picado e 60g de cebola picada. Reduza  tudo muito bem e coe a mistura. Acrescente coentros picados a gosto, a malagueta sem sementes picada a gosto, sal a gosto e misture. Leve ao frigorífico e mantenha sempre bem frio.

Numa tigela coloque 250 g de robalo em cubos e sal a gosto. Esprema o sumo do gengibre ralado, alho ralado a gosto, sumo de lima a gosto, malagueta sem sementes e coentros picados a gosto e misture tudo muito bem. Adicione 100 ml de leite de tigre e reserve no frio para que o peixe tome todos os gostos.



Na hora de servir retire do frio e enfeite a gosto com cebola roxa em fatias finas deixadas de molho em água gelada e algumas lâminas de tomate. Sirva em seguida acompanhado de pão torrado bem barrado com manteiga.

Arroz de limão e açafrão com corvina e amêijoas

Sabores de mar, sabores de verão...


Este arroz com limão introduz um adicional de acidez que ajuda a realçar o sabor do peixe e das amêijoas. Confecção rica e sápida, é um verdadeiro manjar dos deuses.

Nota prévia: Os arrozes de peixe e de marisco são vulgarmente feitos com arroz carolino. A utilização deste tipo de arroz leva a que estes pratos fiquem mais gomosos o que permite a obtenção de um caldo mais cremoso. Tem, no entanto um senão. Deve ser comido de imediato pois tende a recozer e empapar. Se está a pensar que o seu arroz pode ter que esperar um pouco depois de feito ou que vai sobrar para o dia seguinte, então talvez seja preferível utilizar arroz agulha. É o meu caso...


Para 2 pessoas

180g de arroz 
550g água (ou a gosto, se quiser mais ou menos seco)
azeite q.b.
1 cebola pequena picada
1 dente de alho picado
1 colher de chá rasa de açafrão
sumo e raspa de meio limão
4 postas de corvina
amêijoas limpas q.b.
sal e pimenta moída q.b.
1 colher de sopa de manteiga
10 pés de coentros frescos picados


Faça um fundo com o azeite, a cebola picada e o alho picado e deixe cozinhar até a cebola estar cozida. Rale a casca do limão sobre o refogado. Junte o sumo de limão, o açafrão e dissolva bem. Junte a água e tempere de sal e um pouco de pimenta.

Quando o caldo obtido estiver a ferver junte o arroz, mexa e acrescente as postas de peixe e as amêijoas. Deixe cozinhar (dependendo do tipo de lume utilizado) por mais ou menos 12 minutos. Retire do lume e envolva com cuidado a colher de manteiga e os coentros picados. Sirva de imediato.

Crumble de cereja

Ainda no ciclo da cereja não há nada mais fácil do que um crumble.  E agora, com o tempo quente, é delicioso servido frio.




A massa base dá para fazer crumble com o recheio que se queira e é muito simples:

250 g de farinha
150 g de manteiga sem sal
110 g de açúcar
1 pitada de sal

Com as mãos, misture a farinha com os restantes ingredientes da massa, até a manteiga estar incorporada e ficar  uma massa solta, com uma consistência irregular de areia.

Escolha um recipiente para ir ao forno - pode ser um refratário ou um pirex.

Descaroce 700g de cerejas (ou o necessário para cobrir o fundo do pirex).  Espalhe as cerejas sem caroço no fundo do pirex e polvilhe com 2 a 3 colheres de açúcar de demerara.
Cubra uniformemente com a massa e leve ao forno a 200°C por 20 minutos ou até a massa estar dourada. Sirva quente ou frio.


Costeletas de porco preto grelhadas, feijão branco e cogumelos

Uma ligação perfeita que nos remete para a saborosa cozinha alentejana. Para 2 pessoas 300 g de costeletas de porco preto (desossadas) 400 g...