Feliz Natal! - As cores do Brasil

Neste Natal "Teoria da Cor" oferece as cores do Brasil numa foto tirada no Mercadão de São Paulo. Natal nos trópicos vai dar uma transpirada.  Feliz Natal !!! 


Fígados de pato salteados com vinho do Porto e uvas tintas

Esta receita pode ser feita com quaisquer fígados de aves; não tem que ser, especificamente, com fígados de pato. Esta é, no entanto, a forma que eu mais aprecio. Trata-se de uma combinação de sabores onde se destaca o doce do vinho do porto. Eu acompanharia com um bom vinho branco com algum estágio em madeira.


100g Fígados de pato
6 Uvas pretas
1 Dente de alho
3cl Vinho do Porto 

Fio de azeite
Uma noz de manteiga
Tomilho
Flor de sal q.b.
Redução de vinho do Porto q.b.

Redução de vinho do Porto
25cl Vinho do Porto
1 colher de sopa de açúcar



Prepare a redução de vinho Porto levando ao lume o vinho do Porto e o açúcar. Deixe reduzir lentamente até chegar ao ponto de fio. Reserve. 

Corte as uvas ao meio, retire as grainhas e reserve. Aqueça o azeite com o alho e o tomilho. Junte os fígados, tempere com sal e pimenta e, sem os mexer, deixe que corem. Vire os fígados e deixe que corem do outro lado. Junte as uvas cortadas ao meio e o Vinho do Porto pouco a pouco. Deixe reduzir um pouco e rectifique os temperos. Finalize com um pouco de redução de Vinho Porto e flor de sal. Sirva de imediato.

Casca de laranja cristalizada

Aproxima-se o Natal e vou precisar de ter casca de laranja cristalizada em casa. Já comecei, aliás, a testar algumas receitas de Natal e foi por isso que procurei, mais cedo, comprar casca de laranja cristalizada.

Primeiro não encontrei à venda, e depois encontrei embalagens de várias frutas cristalizadas misturadas entre as quais uma pequena quantidade de casca de laranja. E devo confessar que na maior parte das vezes a qualidade não convence: Cascas demasiado secas e com alguma dureza.

O melhor mesmo é fazer a sua casca de laranja cristalizada. Se não souber o que fazer com ela envolva com chocolate temperado que fica uma delícia.


4 Laranjas
250 ml de água
220 g de açúcar

açúcar para envolver

Escolha laranjas com a casca perfeita e um pouco grossa. Laranjas de casca fina não servem. 
Lave bem as laranjas e se necessário use uma pequena escova para que a casca fique bem limpa de impurezas. Faça um golpe na casca de cada laranja por forma a criar 4 gomos e descasque esses gomos com cuidado mantendo a parte branca da casca. Corte cada quarto de casca em tiras de 5 ou 6 mm de espessura. Ponha as cascas de laranja numa panela com água até as cobrir e leve ao lume até ferver. Logo que ferva retire e coe. Repita a operação mais duas vezes e reserve. Assim retira o amargo da casca de laranja.

Faça uma calda com a água e o açúcar levando ao lume até ferver e dissolver completamente o açúcar. 
Reduza o lume para muito brando, junte as cascas de laranja e deixe fervilhar até que as cascas cozam e fiquem translúcidas (1 hora). Tenha em atenção que a calda vai reduzindo. Não pode ficar demasiado seca senão as tiras de casca de laranja tenderão a endurecer. Pode juntar um pouco mais de água se necessário.

Retire as cascas da calda e disponha as tiras, uma a uma, sobre uma grade ou num papel vegetal para que escorram o excesso de calda e sequem. As tiras devem estar cozidas e moles. Deixe secar de um dia para o outro ou um pouco mais se necessário.

Finalize envolvendo as cascas em açúcar abundante e deixe secar um pouco mais.

Couve Gratinada


Um óptimo prato de Inverno, que pode ser comido a acompanhar carnes ou servido como prato principal se carregar um pouco mais no bacon. Uma boa forma de dar um toque especial a uma refeição.

Com base numa receita do excelente livro "Cozinhar com vegetais"


Corte a couve em quartos e retire o talo central. Introduza-a em água a ferver temperada com sal, até estar macia. Passe por agua fria, escorra bem e pique a couve com a faca. Ponha a escorrer.
Entretanto, aloure no azeite as cebolas, os alhos picados e o bacon em quadradinhos. Adicione a couve e o louro e deixe cozer até obter uma espécie de compota. Junte a hortelã em tirinhas. Polvilhe com a farinha, envolva, deixe cozer um pouco, regue com o leite e coza um pouco mais.
Fora do lume, adicione as gemas, rectifique o tempero e junte as claras em castelo. Deite o preparado num recipiente que vá à mesa e ao forno, polvilhe com o queijo e leve a forno bem quente (200°C) até obter uma superfície dourada. Utilizei queijo parmesão ralado e ficou igualmente bom.  Sirva com carne assada.

1 couve lombarda
3 colheres de sopa de azeite
2 cebolas
3 dentes de alho
150 g de bacon
l folha de louro
l haste de hortelã
2 colheres de sopa de farinha
2 dl de leite
2 ovos
5 colheres de sopa de queijo gruyère ralado em fios
sal, pimenta e noz-moscada

Pé de porco com feijão branco

De vez em quando sabe bem regressar às origens: à boa e honesta cozinha tradicional portuguesa. Esta receita de pé de porco com feijão branco é típica da Beira Litoral e deve ser feita com um pé de porco inteiro (até ao joelho) aberto ao meio e salgado. Deve estar em  sal abundante durante 5 dias findos os quais deve ser lavado em bastante água.


1,5 kg de pé de porco inteiro
500g de feijão branco demolhado
1 cebola
2 colheres de sopa de azeite
1 colher de sopa de banha
1/2 ramo de salsa
1 folha de louro
1 colher de sopa de massa de pimentão
cominhos a gosto (pouco e facultativo)
sal

Os pés de porco devem ter estado em sal durante cinco dias. Lavam-se e raspam-se muito bem, cortam-se em bocados e cozem-se em água (sem sal) durante cerca de 4 horas. Se tiver uma panela de pressão rápida preveja 30 minutos ao fim dos quais desliga e deixa arrefecer. Coza os pés no dia anterior. Os pés de porco consideram-se cozidos quando a carne se separa dos ossos. Pode retirar os ossos maiores pois eles separam-se naturalmente. Reserve um pouco do caldo da cozedura.

Numa outra panela coze-se o feijão, previamente demolhado. À parte, faz-se um refogado com a cebola picada, o azeite, a banha, a salsa, o louro e a massa de pimentão. Quando este refogado estiver bem apurado, junta-se o pé de porco e o feijão. Deixa-se cozer durante mais meia hora, adicionando lentamente um pouco do caldo de cozer os pés de porco. Tenha em atenção o tempero do caldo pois este tem o sal libertado pela cozedura dos pés. Se necessário, corrija de sal.

Sirva com arroz branco.

Figos em vinho do porto com chocolate.

Bom, bom, bom!

O conceito é muito simples...

Utilize alguns figos secos de boa qualidade. Se estiverem achatados tente dar-lhes uma forma próxima do normal.

Coloque os figos no fundo de um tacho de dimensão adequada, com os pés para cima, e cubra-os com vinho do porto (ruby) a que juntou um pouco de açúcar, ficando apenas os pés de fora. Leve a lume brando e deixe fervilhar por alguns minutos até que os figos inchem sem amolecerem em demasia. Retire do lume e coloque os figos a escorrer, sobre uma rede, até que arrefeçam completamente.

Faça uma ganache de chocolate, em quantidade adequada para passar todos os figos, derretendo o chocolate e juntando-lhe um pouco de natas e manteiga até obter a textura adequada.

Pegue nos figos pelos pé e mergulhe-os na ganache mais ou menos até meia altura. Espete os figos num palito pelo lado do pé e deixe-os secar virados para cima. Para isso pode espetar a outra extremidade dos palitos num pão duro para que se mantenham direitos ou prendê-los num passador de rede.

O Natal aproxima-se... Experimente e surpreenda! 

Nota: Aproveite o vinho do porto e faça uma redução que pode guardar do frigorífico. 

Amarettis


com base numa receita do pâtissier Christophe Felder 

 São absolutamente deliciosos; de textura macia, húmidos por dentro, e com uma suave combinação de sabores de amêndoa e laranja.



140g de amêndoas sem casca bem moídas
175g de açúcar
50g de casca de laranja cristalizada picada muito finamente (ou moída - a minha opção)
2 Claras de ovos

50g de açúcar 
2 Claras de ovos
Açúcar em pó

Misture os primeiros quatro ingredientes em conjunto para produzir uma pasta. Bata as claras em castelo com 50g de açúcar e depois incorpore na massa anterior.
Usando uma colher, faça pequenas bolas de massa sobre papel manteiga ou silpat, polvilhe com açúcar em pó e deixe secar durante a noite ao ar livre.

No dia seguinte carregue um pouco, com o dedo, sobre os amarettis, para que a sua superfície estale. Leve a cozer no forno a 180 ° por 10 minutos.
Depois de um ligeiro arrefecimento levante os Amarettis. Pode servi-los assim, ou colados dois a dois, pela base, com creme de chocolate.



Dicas:

1. Não utilize claras de ovos muito grandes pois a massa não ficará com a textura necessária. Se ficar demasiado mole não dará para fazer os pequenos bolos (que se transformarão em bolachas). Nesse caso terá que deixar secar a massa durante algumas horas até ficar com a textura necessária.

2. 10 minutos no forno devem ser suficientes. Os amarettis ficam moles e húmidos por dentro. Não deixe, por isso, que eles cozam de mais. Depois de retirar do forno espere um pouco antes de os levantar. 

3. Se utilizar papel vegetal em vez de silpat, então deve barrar o papel com manteiga e polvilhar com um pouco de farinha.

Bolo de laranja com morangos

Já quase não se vêem morangos e os que aparecem já não têm grande sabor. O melhor mesmo é aproveitar enquanto os há e fazer um bolo de morangos; simples, mas muito bom para comer ao lanche, com uma chávena de chá, ou como sobremesa, com uma bola de gelado de nata. Vai bem com este inesperado calor de outubro.

Esta receita tem por base, com alterações, uma receita de Leonor de Sousa Bastos.


Então é assim:

200g de farinha de trigo
1 colher de chá de fermento
150g de açúcar amarelo
140g de manteiga cortada aos pedaços pequenos
raspa da casca de uma laranja grande
125ml de sumo de laranja
2 colheres de sopa de licor de laranja
2 ovos
200g de morangos
30g de açúcar amarelo para polvilhar

Pré-aquecer o forno a 180°C

Lave os morangos e corte-os longitudinalmente. Reserve.
Unte uma forma de 22cm sem buraco e polvilhe com farinha.

Numa taça misture a farinha, o fermento, a raspa de laranja e o açúcar amarelo.
Junte a manteiga e trabalhe com a ponta dos dedos até obter uma massa granulosa.

Noutra taça misture o sumo de laranja com o ovo ligeiramente batido. Verta todos os líquidos sobre os sólidos e misture apenas até ficar homogéneo.
Verta a massa na forma, coloque os morangos sobre a massa e pressione-os para que eles se enterrem um pouco na massa.

Polvilhe generosamente a superfície com açúcar amarelo e leve ao forno por cerca de 30 a 40 minutos ou até o palito sair limpo.

Servir morno ou frio.




Douro em Setembro II

Ainda por terras do Douro...

Para ir ao Restaurante DOC é preciso passar pela Folgosa, na estrada marginal, junto ao rio, entre a Régua e o Pinhão. É um dos percursos panorâmicos mais belos do Douro.

O Chef Rui Paula pratica uma cozinha superior e almoçar ou jantar no DOC é uma experiência de excepção. A não perder.

Provámos um extraordinário Menu de Vindimas que ultrapassou largamente tudo o que eu pudesse imaginar. 


A noite estava quente e foi possível jantar na esplanada a olhar o rio através do reflexo das luzes do lado de Covelinhos. Inesquecível!

Foto retirada do site do Restaurante

Douro em Setembro I

Este espanto perante as terras do Douro em Setembro. Vive-se a terra que transborda em cores, sons, aromas e sabores. É urgente ir ao Douro sentir esta vida que se renova todos os anos.

O Douro







A memória - Museu do Douro (foto de Georges Dussaud)

O que a terra nos dá - o trabalho e a pausa 





As Quintas e as Adegas





Polvo à Lagareiro

A questão prévia é saber se podemos fazer Polvo à Lagareiro sem levar o polvo à grelha. Qualquer solução mais expedita, para fazermos em casa, terá sempre que se confrontar com esta duvida: a qualidade mantém-se ou esta alternativa não vale a pena? Eu acho que vale muito a pena e que fica igualmente saboroso.

Para 4 pessoas

1 polvo fresco de 1 a 1,2kg
1 cebola nédia
1 folha de louro 
1 fio de azeite

1kg de batatas pequenas para assar
10 cebolas pequenas para assar
sal, azeite, vinagre e alho




O polvo deve ser comprado fresco, ser bem limpo e previamente congelado.
Pré aquecer o forno a 180°C.

Descongele o polvo, passe-o por água e coza-o, sem água nem sal, numa panela de pressão rápida, juntando 1 folha de louro, uma cebola e um fio de azeite. Conte 15 minutos desde que a panela atinge a pressão. Retire do lume e reserve.

Lave bem as batatas e coza-as com casca. Depois de cozidas dê um pequeno murro, para que abram, em cada batata. Coza também as cebolinhas. 

Escorra o polvo do caldo formado, corta os tentáculos e coloque-os numa assadeira para ir ao forno polvilhando com sal. 

Junte as batatas e as cebolinhas cozidas ao polvo, na assadeira. Tempere tudo generosamente com azeite e alho picado. Junte um gole de vinagre. Leve ao forno por 20 minutos a 180°C. É só comer e deliciar-se.

Dica: As batatas e as cebolinhas podem ser assadas no micro ondas. Lave bem as batatas e as cebolinhas sem lhes tirar a casca, pique as batatas previamente com um garfo e tempere tudo generosamente com sal. Leve ao micro ondas num pirex largo com tampa e conte 1 minuto por cada batata; ao total acrescente mais um minuto. 
Por exemplo: 12 batatas dá 12 minutos, mais 1, dá 13 minutos no total. Tão simples como isto. 

Bolo de laranja e chocolate




Para o bolo
250g de manteiga
250g de açúcar
250 g de farinha
5 ovos
1 laranja

Bata muito bem a manteiga amolecida com o açúcar. Separe as claras para uma taça e junte as gemas uma a uma batendo sempre, o sumo da laranja e a casca raspada de laranja. Envolva tudo.
Junte a farinha e volte a bater. Finalmente bata as claras em castelo forte e junte envolvendo delicadamente.
Vai ao forno a 170ºC em forma sem buraco untada com manteiga e polvilhada de farinha.

Recheio de compota de laranja
Leve ao lume, a ferver ligeiramente, 4 generosas colheres de sopa de compota de laranja com 3 colheres de sopa de água, para obter um calda mais fácil de espalhar e ser absorvida pelo bolo.
Depois de frio corte o bolo transversalmente e barre generosamente a parte de baixo com  a compota assim obtida. Deixe absorver um pouco e cubra com a parte de cima do bolo.


Prepare uma Cobertura de chocolate.

250g de chocolate preto
200g de leite condensado cozido
4 colheres de sopa de natas

Derreta o chocolate no micro-ondas e mexa até ficar bem macio.  Junte o leite condensado e mexa bem até ficar uma pasta densa e homogénea. Acrescente 3 colheres de sopa de natas e vá mexendo. A pasta de chocolate vai ganhando brilho e perdendo um pouco de densidade. Acrescente mais uma ou duas colheres de natas até encontrar a densidade adequada para a cobertura - fácil de moldar sem escorrer. Alise com uma espátula. Para alisar mesmo bem tem que ir molhando a espátula em água morna à medida que vai trabalhando a cobertura. Enfeite a gosto.


Bife de Espadarte em molho leve de vinho do Porto

Um dos mais nobres peixes e um dos mais nobres dos vinhos. Um casamento perfeito num prato que se pretende simples, mas que honra o palato dos apreciadores mais exigentes desta saborosa carne.


4 filetes de Espadarte, 
1 dente de alho
1 colher de chá de tomilho seco (pode utilizar-se fresco)
1 cálice de vinho do Porto (utilizei vinho do Porto branco)
6 colheres de sopa de natas
2 a 3 colheres de sopa de manteiga
Sal, pimenta da Jamaica e leite, q.b.

Compre 4 bifes não muito grossos de espadarte e coloque-os num tabuleiro onde vão ser temperados. Tempere com o alho esmagado, polvilhe com tomilho, sal e cubra tudo com um pouco leite. Vá virando os bifes para que agarrem os sabores e escorra-os ao fim de 15 minutos. 

Leve a manteiga ao lume num sauté, em lume médio e junte os bifes bem escorridos. Vire-os e, assim que estiverem cozinhados, retire-os para que não sequem e coloque-os num prato aquecido.
Junte no sauté, onde ficou a gordura, a marinada onde estiveram os bifes, e acrescente o vinho do Porto. Deixe ferver um pouco para apurar e retire do lume. Adicione as natas e um pouco de pimenta da Jamaica. Mexa bem, rectifique temperos e junte os filetes que devem voltar a ser aquecidos sem levantar fervura. Sirva, no prato aquecido, com puré ou bata cozida e um pouco de espinafres levemente salteados.

Couvada de Bacalhau

Sempre que faço Couvada de Bacalhau lembro-me do Restaurante Laurentina - "Rei do Bacalhau", que fica na Av Conde Valbom, em Lisboa, onde comi, pela primeira vez, esta forma tão simples e saborosa de enriquecer o bacalhau cozido. Trata-se apenas de um estufado ligeiro em azeite e alho. O deles, se não me engano, não vinha com grão, mas sempre que é possível eu sigo as minhas preferências.


Coza batatas, couves, bacalhau e grão nas quantidades desejadas. 

Se puder tente respeitar alguns princípios: 

. Utilize couve portuguesa
. Depois de demolhado, coza o grão à parte pois tem um tempo de cozedura muito diferente. Não utilize grão cozido de lata.
. Coza as batatas e a couve em conjunto e quando estiverem quase cozidos junte o bacalhau. O bacalhau só deve ter uma ligeira cozedura e deverá ser retirado logo que se veja a lasca.
. Depois de cozido escorra tudo muito bem e reserve o caldo de bacalhau.

Leve um tacho grande ao lume com um fundo generoso de azeite (1,5dl para 4 postas de bacalhau), uma folha de louro e um dente de alho laminado por cada posta de bacalhau cozido. 

Deixe alourar o alho e junte todos os ingredientes cozidos. Acrescente 3 ou 4 conchas do caldo de bacalhau, um gole de vinagre e, se quiser, um pouco de pimenta moída.

Tape o tacho e deixe levantar fervura. Agite um pouco de vez em quando e pode acrescentar um pouco mais de caldo, se necessário, e rectificar temperos.

Sirva no tacho ou transfira para uma taça grande com tampa. Sirva logo para não arrefecer.

Preocupo-me, logo existo !

Sai de cartaz do Cinema São Jorge dia 8 de Setembro e é pena. Uma excelente hora e tal com Diogo Infante a falar-nos, em tom irónico e provocador, sobre os nossos tabus e demais  absurdos da vida.


Pena igualmente que, sendo um texto tão actual e tão urbano, tivesse uma plateia onde a média das idades andava generosamente acima dos cinquenta. Terá sido só nessa sessão? Deveremos atribuir a isso algum significado?

Olhar o Tejo e tudo

Agosto está a terminar e o fim de semana foi para olhar o Tejo e revisitar Lisboa.

Agora há vida no Arco da Rua Augusta, o que permite outro olhar sobre o rio e a cidade. 







Alargando o percurso, pode-se continuar a lavar o olhar na Exposição do CAM da Gulbenkian "Sob o Signo de Amadeo - Um Século de Arte" que decorre até 19 de Janeiro.


Com um pouco de sorte, como foi o caso, pode ser que se cruze com as filmagens de "As Variações de Giacomo", um filme sobre Casanova que conta com John Malkovich no papel principal e que está a ser rodado em vários locais de Lisboa, aqui, no Teatro Nacional de São Carlos.





Lisboa está cheia de surpresas.

SS de amêndoa


Os SS de amêndoa são especialmente venerados no Ribatejo, particularmente  em Alpiarça onde são considerados doce regional. Podem no entanto encontrar-se noutras regiões do país.
A ultima vez que passei em Alpiarça não lhes resisti e deu para confirmar: são deliciosos...
A receita pode ter ligeiras variações. Esta é a que eu pratico e não desilude.



250 g amêndoa com pele
250 g de açúcar
1 colher de chá de canela
2 colheres de sopa de manteiga
3 claras
1 colher de sobremesa de farinha

Para tender os SS utilize a proporção de 1 colher de farinha para duas de açúcar e uma colher de chá de canela.

Mói-se a amêndoa com a pele, juntam-se e misturam-se todos os ingredientes num tacho e leva-se a lume médio, a cozer, mexendo sempre sem deixar pegar.
Quando a massa estiver cozida (começar a descolar um pouco e ter adesão suficiente para puder juntar-se e retirar do tacho para um prato grande) , deixa-se arrefecer.
Tendem-se os SS enrolando porções de massa com as palmas das mãos ao mesmo tempo que se passam pela mistura de farinha, açúcar e canela. 

Levam-se ao forno a cozer a 180°C por ± 10 minutos. Os SS endurecem depois de frios. Quanto mais tempo estiverem no forno mais endurecem. Faça uma primeira experiência com o seu forno e retire-os ainda moles.

Cocos


250g de açúcar
250g de coco ralado
4 ovos
30g de miolo de amêndoa (moído fino)



Preaqueça o forno a 180°C.

Batem-se os ovos com o açúcar, junta-se o coco ralado e posteriormente o miolo de amêndoa. Envolve-se tudo muito bem.

Com uma colher de sopa fazem-se pequenos montes de massa num silpat, ou em folha de papel vegetal, que se leva ao forno por ± 10 minutos a 180°C. Em alternativa pode usar formas de papel frisado. O bolos devem ficar húmidos por dentro.

Retiram-se do forno quando estiverem dourados e deixa-se arrefecer um pouco. Levantam-se com uma espátula e colocam-se num prato grande.

Dá para ± 30 bolinhos.

Costeletas de porco preto grelhadas, feijão branco e cogumelos

Uma ligação perfeita que nos remete para a saborosa cozinha alentejana. Para 2 pessoas 300 g de costeletas de porco preto (desossadas) 400 g...